Encontro da Nova Cartografia Social da Amazônia
Mobilização e Direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais
Aconteceu nos dias 21 e 22 de março de 2013 o Encontro da Nova Cartografia Social da Amazônia, pela manhã na Universidade Estadual do Maranhão - UEMA e a tarde no Auditório do SESC do Olho D’água onde reuniu a maioria de pesquisadores e lideranças de Comunidades e Povos Tradicionais participantes do Maranhão, do Brasil e do mundo. Cada pesquisa consegue estabelecer um relacionamento especifico com o povo de cada povoado tradicionalmente falando, faz formação sobre os direitos essenciais, sobre legislação, meio ambiente e GPS com o objetivo de fortalecer a luta desses povos acreditando que os conflitos são possíveis de resistência desde que estejamos unidos e conhecedores dos nossos direitos.
A Pindoba, Povoado do Município de Paço do Lumiar, é uma comunidade que estar sendo pesquisada pela Nova Cartografia Social, Inicialmente por causa dos conflitos fundiários gerados pela especulação imobiliária que chega em Paço do Lumiar com ou sem o consentimento dos poderes públicos constituídos, sem nenhum planejamento, sem estudos de impactos ambientais retirando famílias inteiras de suas propriedades, jogando-as a mercê da sociedade. Em seguida pela necessidade de reconhecimento como povo tradicional, considerando a idade da comunidade e os vários depoimentos de pessoas mais velhas que afirmam constantemente que a Pindoba era um engenho com escravos comprados clandestinamente vindos pelo Porto do Mocajutuba e posteriormente alforriados por seus donos que não possuía nem esposa ou filhos, deixando-os como herdeiros de todos os seus bens.
Na Pindoba, a pesquisa é realizada pelo professor Pesquisador Luiz Fernando Linhares, com a colaboração de Paulo César Linhares, Estudante de Direito, Maria da Conceição de Almeida Ferreira, Psicopedagoga (Concita da Pindoba), Edenilde Rosa da Conceição, Pedagoga.
No dia 23 de março de 2013 a equipe da Pindoba realizou uma belíssima apresentação sobre os encaminhamentos da Pesquisa e os fatos constatados durante entrevistas e visitas, para mais de 100 pessoas no Clube de Mães do Povoado Pindoba, ponto de encontro da comunidade e lugar de resistência contra os conflitos e ameaças de despejos, a favor dos direitos de cada cidadão e cidadã, onde foram relatados resultados dos fatos ora desconhecido por muitas pessoas mais jovens que se mostraram interessados com o desdobramento da pesquisa e, sobretudo onde vamos chegar através dela, isso é o mais importante para o fortalecimento da comunidade da Pindoba.
A comunidade está se organizando com os quatro pesquisadores para realizar a primeira exposição de fotos e vídeos da comunidade da Pindoba que retrata mais de cem anos de histórias, ressaltando que embora as escravas tenham sido alforriadas há séculos, hoje ainda somos escravizados pelos descasos e desmando de poderosos que tentam coibir ações de movimentos sociais que lutam em defesa de seu povo.
Ver fotos dos eventos citados.
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- A DIRETORIA –
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